segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Reator de Fusão Nuclear


Vista geral da construção do reator de fusão tipo estelarator, antes de seu fechamento final. [Imagem: IPP]

Esteralator

Enquanto o reator de fusão nuclear do ITER recebe o sinal verde para o início de sua montagem, o Wendelstein 7-X, na Alemanha, dá um passo ainda mais significativo.

Acabam de ser colocadas as últimas coberturas do complicado reator de fusão, selando definitivamente o invólucro onde os cientistas tentarão recriar o processo de geração de energia das estrelas.

Ao contrário do reator do ITER, que é do tipo tokamak, o reator do Wendelstein 7-X é do estelarator (stellarator).

Um tokamak é alimentado por uma corrente de plasma. Essa corrente fornece uma parte do campo magnético responsável por isolar o próprio plasma das paredes do reator - o grande desafio é evitar as instabilidades do plasma circulante pelo torus.

Um reator do tipo estelarator não tem corrente, eliminando de pronto o problema das instabilidades do plasma.

Mas o projeto tem seus próprios desafios, o que justificou a construção do Wendelstein 7-X, que, da mesma forma que o ITER, será um reator de pesquisas, para demonstrar a viabilidade do conceito.

Se tudo correr bem, ele entrará em funcionamento em 2014.


O anel retorcido do Wendelstein 7-X é formado por cinco módulos estruturalmente idênticos. [Imagem: IPP

Janelas fechadas
Cada uma das cinco seções do canal de plasma, assim como as 14 bobinas magnéticas supercondutoras, foram conectadas e revestidas por um invólucro externo de aço pesando 120 toneladas.

Cada um dos cinco módulos tem diversas "janelas", onde são conectados instrumentos de medição, bombas e mecanismos de resfriamento.

Com a soldagem da janela número 254, agora o reator de fusão, assim como a sorte do que ocorrerá lá dentro, estão totalmente selados.


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